terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"When love is"

Durante a época em que estava produzindo minha monografia, na intenção de juntar o 'obrigatório ao agradável', por dezenas de vezes, enquanto digitava no meu laptop sentada no sofá, também assistia aos filmes mais interessantes que estavam passando na Sky. Coincidentemente, os mais interessantes eram romances, comédias românticas ou romances altamente dramáticos. A inspiração veio em inglês, visto que todos os filmes eram neste idioma e eu já poderia aproveitar para treinar. Uma onda de melancolia invadiu o meu ser, resultando em algumas poesias de amor idealizado. Agora, se este tipo de amor é realmente idealizado ou é algo que alguns privilegiados alcançam, isso é assunto para uma próxima postagem adocicada...
Nada melhor para representar esta poesia, do que une portrait en Paris devant la Tour Eiffel.


When love is

When love is
You look to him and you want to cry
Because you know you are looking at
The most precious jewel

When love is
You can feel him near you when you close your eyes
Because you feel that is
The most peaceful presence

When love is
You watch a true-love-romantic film and you wish the same
Because you desire real feelings
The most everlasting feeling

When love is
You go shopping and you imagine your love wearing all the nice clothes you see
Because you cannot take your mind off
The most valuable person you have ever seen

When love is
You go to bed and you plan to fall asleep soon
Because you want to dream of
The most beautiful angel

When love is
You may eat a prize-winning meal, but you will not enjoy so much
Because you will be only thinking of
The tastiest mouth in the world

When love is, it is with him



by Ana Paula Weschenfelder
Spring, Brazil

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

... a peregrinação ...


... E após muito caminhar, percorrendo aquela longa estrada onde passou por dentre belas montanhas e florestas, viu riachos e também desertos; enfrentou chuva, sol, tempestades e vendavais, além de ter-se deslumbrado com coloridos nasceres e pores-do-sol; ela respirou fundo e parou para descansar sentando-se junto à sombra de uma grande figueira rodeada por flores. Ela, uma peregrina há mais de vinte anos, começou a observar os demais peregrinos que estavam na estrada e a lembrar do que já tinha visto durante a jornada.

Esta jornada tinha como base um mapa escrito há milênios. Algumas partes pareciam mais confusas, pois estavam um pouco apagadas. Mas os peregrinos que acreditavam no mapa também buscavam seguir as instruções ali escritas, porque eram dicas sobre como chegar ao melhor destino!
Um pouco cansada, ela precisava de água, mas ela estava aflita e mais preocupada com a peregrinação do que com a sua sede. Ela era um tipo de peregrina, todavia havia milhares de outros tipos.

Na peregrinação, houve momentos em que ela caminhou com outros pequenos grupos em que todos se ajudavam. Entretanto, por diferentes razões, alguns grupos se dividiam ou então todos decidiam seguir sozinhos. Naquela jornada, havia muitas dificuldades ocasionadas por sentimentos de dor, fome, sede, angústia, cansaço, dúvida, culpa.

Ela conheceu um peregrino que mentia aos outros para que de alguma forma pudesse chegar mais rápido ao seu destino. Conversou com alguns que tinham dúvidas sobre qual estrada seguir, pois durante a caminhada eles podiam ver diversas placas indicando outros caminhos que aparentavam ser mais atraentes, mais curtos, ou ainda, mais adequados. Ela viu companheiros desistindo e voltando atrás. Também se deparou com alguns que até mesmo morriam no meio do caminho. Outros ainda, estavam tão exaustos que preferiram deixar de acreditar no mapa.

Enquanto ela refletia, outro peregrino observou-a e pensou que talvez ela estivesse com sede devido ao sol escaldante que brilhava sobre todos. “Peregrina, você gostaria de uma garrafa de água?”. Bem, ali estava mais um tipo de peregrino – aquele que se preocupava com os outros. Ela viu outros peregrinos sendo feridos e caindo sem poder levantar. Muitos outros passavam por estes e nem sequer ajudavam. Ah, e certa vez, um grupo de peregrinas passou por ela, elas pareciam muito confiantes e convictas de que estavam fazendo tudo certo para chegar ao destino o mais rápido possível. Elas haviam interpretado o mapa de uma maneira distinta dos outros. Até a forma como andavam e vestiam-se era rigorosa, pois elas achavam que a aparência iria fazer com que chegassem a um destino melhor que o dos demais. Elas cochichavam entre si, falando mal das vestes dos outros, da forma como andavam. Porém numa manhã, uma delas caiu num enorme buraco que havia no meio do caminho e elas não viram, pois naquele momento estavam fofocando sobre um casal de peregrinos que estava tendo dificuldades durante a jornada. Aquela peregrina ficou no buraco por dias - chegando a adoecer - até que passasse alguém forte que a pudesse tirar dali. Ela nunca mais viu aquele grupo de mulheres e ela mesma se tornou um novo tipo de peregrina. Visto a experiência pela qual passou, começou a enxergar o mapa, a jornada e os demais peregrinos de acordo com o “desenhista do mapa”.

Alguns minutos se passaram e a peregrina que estava sentada junto a figueira, agora já sem sede, continuou sua caminhada tentando descobrir que tipo de peregrina era ela ...

By APW

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Kaizen

Estive pensando e pesquisando sobre melhoria contínua. Considero-a como um dos compromissos que tenho com Deus, comigo mesma e até mesmo com a 'não-merecedora-sociedade-em-que-vivemos'. É algo que está presente na minha agenda como um dos tópicos a 'tickar' (neologismo do verbo inglês tick) dia após dia.

Quando falamos de melhoria contínua, não podemos deixar de mencionar nossos caros 'japas'. Kaizen ( 改 善 - mudança para melhor) é uma palavra de origem japonesa com o significado de melhoria contínua ou gradual na vida em geral (pessoal, social e no trabalho). Tendo convivido com diversos orientais no tempo em que morei na Inglaterra, posso afirmar que alguns seguem esta prática ou filosofia à risca.

'Hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje!'

Para o Kaizen, é sempre possível fazer melhor, nenhum dia deve passar sem que alguma melhoria tenha sido implantada.

Uma analogia conhecida é a de uma história chamada 'O Tesouro de Bresa'*, onde um pobre alfaiate compra um livro com o segredo de um tesouro. Para descobrir o segredo, ele tem que decifrar todos os idiomas escritos no livro. Ao estudar e aprender estes idiomas, começam a surgir oportunidades, e ele lentamente (de forma segura) começa a prosperar. Depois, é preciso decifrar os cálculos matemáticos do livro. É obrigado a continuar estudando e se desenvolvendo, e a sua prosperidade aumenta. No final da história, não existe tesouro algum - na busca do segredo, a pessoa se desenvolveu tanto que ela mesma passa a ser o tesouro.

Sendo assim, Kaizen!

*Resumo da história retirado da Internet.

Na foto: Eu e amiguinhas japas na 'Japonese Evening' promovida pelo BISC (http://www.bisc.org.uk/)